quinta-feira, 27 de setembro de 2007








"O meu mundo não é como o dos outros... quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesmo compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista, sou antes uma exaltada com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudades... sei lá de quê!"

Florbela Espanca



"Afinal, Marlboro é o cigarro mais apreciado no mundo.
E isso é motivo de muito orgulho para nós.
Obrigado por escolher Marlboro!"

terça-feira, 25 de setembro de 2007

“O poder é o melhor afrodisíaco.”
                                                                    para quem cultiva instintos animais


Futebol ?

"Hoje, os jogadores, os juízes e os bandeirinhas se parecem entre si como soldados de chumbo. Não encontramos, em ninguém, uma dessemelhança forte, cespa e taxativa. Não há um craque, um árbitro ou um bandeirinha que se imponha como símbolo humano definitivo. Outrora havia o "juíz ladrão". E hoje? Hoje, os juízes são de uma chata, monótona e alvar honestidade. [...] A virtude pode ser muito bonita, mas exala um tédio homicida e , além disso, causa úlceras mortais. Não acredito em honestidade sem acidez, sem dieta e sem úlcera. [...] Vejam vocês que coisa melancólica e deprimente: - um jogo de futebol tem 22 homens. Com o juíz e os bandeirinhas, 25. Acrescentem-se os gandulas e já teremos um total de 29! Vinte e nove homens e nem um único e escasso canalha, nem um único e escasso vigarista! Eis a verdade, que levaria um Balzac ao desespero e à úlcera: as condições do futebol conteporâneo tornam impraticável a existência do canalha. Ou por outra: - o canalha pode existir, mas contido, frustrado, inédito, sem função e sem destino."

Trecho do livro O berro impresso nas manchetes, do genial Nelson Rodrigues.

domingo, 23 de setembro de 2007



"Bones are beautiful, my drug is choice
I'm trying for perfection
and I'm going on
running to you
in the wrong direction
what does it make you feel?
why can't I make you see?
mom and dad look,
it's your little girl
starving for attention
too much on my plate,
things that I can't face,
starving for attention

I can't be myself,
the mirror tells
lies and says I'm ugly
Am I really here?
I cut my skin
this takes a knife to find me
I can't feel myself
so now I have to bleed"

Starving empty
Lost in her pain
She can't tell you
So she's slowly vanishing

mom and dad look,
it's your little girl
starvig for attention
too much on her plate,
things that she can't face,
starving for attention
beging for your attention
She's dieing for your attention!

Por uma causa que não é minha

Black Vanity



Sou um pigarro
sou pontas queimadas
lágrimas quentes
copos gelados
guardanapos usados
portas entreabertas
coração machucado
olhos cegos
teflon arranhado
sou um cilho caído
voz rouca
calcanhar com calo
horizonte de praia
sou dedo quebrado
óculos entortado
sou tentação, sou diversão.

Sou risada que não cessa,
sou cristal no chão.
Viajem de verão,
vontade de espirrar,
sou choro de emoção.
Sou de chinelo no pé,
razão no coração e
você na mão; sou
inspiração, sou canção.

sábado, 22 de setembro de 2007

MirrorMask é o segundo melhor filme que eu vi esse ano! De Neil Gaiman(também criador de Sandman) e Dave McKean, foi bem consagrado nos festivais europeus. Num mundo de circo, esfinges, vermelho, gigantes e máscaras, o filme prende a atenção do começo ao fim. Tem um imaginário visual perfeito, fotografia de primeira, ótimos ângulos, uns gráficos do caralho, ilustrações liindas(do McKean).
Aparentemente o digital é rústico, mas não é nada disso, apenas a esfinge(na minha opinião) que tem uma cara de avatar mesmo. Também não gostei da trilha sonora, acho que não prega a essência real do filme; lhe dá, na verdade, uma aparência de game. Aqui é a única cena em que a trilha sonora faz juz ao filme e aqui, minha cena preferida, pra quem entende do inglês canadense(ô sotaquezinho!), a Giants Orbiting.

melhor camera do filme (:

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos
e procuramos em vão pela nossa alma

Chico Buarque

terça-feira, 18 de setembro de 2007

A morte é algo bem complicado. Quando se tem uma religião no coração, acho que é bem mais fácil de se lidar com ela, mas só tendo fé de verdade, crendo mesmo. Se você acredita que depois da morte do corpo físico, a alma passa por qual que seja o processo, é menos difícil entender e aceitar o que aconteceu. Mas se como eu, você não sabe no que crer, e acaba descrente de qualquer bom fim que uma alma tenha após a morte corpórea, você se perde. É só falar em morte que sua coluna se tensiona, e mil pensamentos catastróficos gritam aos tímpanos: E se eu não existir mais? E se eu não pensar mais? E se eu não existir mais?
O coração dói ao pensar em perder alguém que se ama demais, mas não se compara a perda de sentidos ao pensar em não ser mais. Então, é o fim de tudo? Ou o começo? Ouvi um padre dizer que nossa vida terrestre, é como a gestação e o momento do parto, e apartir da nossa morte, é que nascemos para vida eterna. Eu não sei se acredito nisso, mas não quero acreditar que é só isso aqui, que um dia posso perder minha conciência permanentemente, que a morte é como os cientistas explicam. A alma é muito maior que isso. Tem que ser...



NOUVELLE VAGUE é um projeto musical movido pelos franceses Olivier Libeaux e Marc Collins. No primeiro álbum, cantam sete mulheres de vozes tão suavez quanto graves, que regravaram músicas from 70's and 80's tipo os maravilhosos Depeche Mode, The Clash, The Cure e Dead Kennedys. Mas as músicas dessa vez levam uma pitada de bossa-nova, transformando o som num indie pop abrasileirado!

Recomendo uma passada no site, pra escutar as ótimas Bella Lugosi's Dead e Love will tear us apart e uma sacada no vídeo de Dance with me. Um dos produtores, na introdução do site explica seus pensamentos sobre a composição do novo álbum, o Bande à Part:

"I then had the idea to set these songs in a very different dimension, namely the Caribbean between 1940 and 1970. Just as on the first album I'd imagined a young Brazilian girl singing Love Will Tear Us Apart on a Rio beach in the '60s, this time I envisaged a young Jamaican with his acoustic guitar singing Heart Of Glass in his Kingston township suburb.
At the same time, I also had another particular scene in my mind: a young blind girl singing Fade To Grey in the corridors of the Parisian Metro, alone with her accordion, ignored by everyone..."

Aqui no show do Coquetel Molotov(aí ao lado), o que mais me encantou foi a Phoebe Killdeer que entrou pro projeto apenas para substituir a Camille, na tour de 2005, e ficou. Com sua voz do blues, seu estilo rock'n'roll, e sua atitude única, ela chama atenção, brilha e encanta.

Admito, a banda virou minha queridinha do momento, e não quero desgrudar. Deveria virar a sua também!

sábado, 15 de setembro de 2007

Amanhã estréia no Tatro do Parque a Ópera do Malandro. Mas a partir do próximo fim de semana, a peça será exibida aos sábados e domingos, às 20h. Dessa vez, o musical não terá a mesma duração do clássico escrito por Chico. Com quatro músicas a menos, terá cerca de 1h50. O elenco é de 42 pessoas, que assistiu palestras de grandes atores como José Pimentel e Jô Ribeiro, fazendo um misto de idades e experiências, enrriquecendo, assim, a montagem do espetáculo.


Ontem e hoje, acontece no teatro da UFPE a quarta edição do festival No Ar Coquetel Molotov, um festival bem interessante que mista cinema, debates e música do cenário independente.
Os ingressos estão à venda no local, por R$20 ou R$10 para estudante e cliente TIM.

Programação de hoje(15/09)

14h - FEIRA CULTURAL - HALL DO CENTRO DE CONVENÇÕES DA UFPE


14h - DEBATE - HALL DO CENTRO DE CONVENÇÕES DA UFPE
A literatura marginal e seus efeitos de ação política nas mídias alternativas
Debatedores: Carol Leão (Jornalista), André Telles e Camilo Maia (Subversivos e zine PNCDH)

15h30 - DEBATE - HALL DO CENTRO DE CONVENÇÕES DA UFPE
A periferia no centro do processo de desenvolvimento cultural-urbano
Debatedores: Canibal (Devotos / Alto Falante), Fernando Fontanella (UNICAP) e Rogério Costa (UFPE)

16h - MOSTRA DE CURTAS

17h - SHOWCASES - SALA CINE UFPE
Conceição Tchubas (PE)
Hello Saferide (Suécia)
Suburban Kids With Biblical Names (Suécia)

20h - SHOWS - TEATRO DA UFPE
Vamoz! (PE)
Wado (AL)
Cibelle (SP)
Nouvelle Vague (França)

O festival deve ser conferido, pois é organizado por um grupo supimpa aqui de Pernambuco, o próprio Coquetel Molotov, que além da grande festa, produz um selo, site e revista(bem legal). Dica: quem curtir a cantora paulista Cibelle, pode pegar um autográfo com ela amanhã à tarde na Saraiva Megastore.