terça-feira, 19 de junho de 2007

Com dificuldade, acordou-se mais cedo. O ambiente ainda escuro, o dia úmido. Tinha que alimentar os peixes e medicar o cão. Cambaleia até a cozinha e encontra a avó suando frio; passava mal. Mediu-lhe a pressão e fez-lhe companhia. Já era seis e dez, tinha de se arrumar. Tomou banho de vapor e vestiu-se às pressas. Pendura a toalha e se dispede. Ela corre com a face rubra para chegar no ponto à tempo. Quando reconhece as cores do ônibus que deve tomar, sobe sem pestanejar e estranha conseguir lugar para sentar-se. Põe os fones e fica presa num mundo particular. No meio do percurso, o ônibus muda  seu percurso e ela de solavanco pede parada e desce na chuva.  Apressa-se, faltam dez minutos. Sobe no primeiro ônibus capaz de levá-la ao seu desejado destino. De longe, avista os portões ainda abertos! Surpreendeu-se. Ela fica na fila enquanto duas ou três pessoas carimbam o cartão de presença. Chegou sua vez: levanta o braço, que de supetão é empurrado pelo controlador, que fecha a máquina e a avisa que seu tempo acabou. Terá que entrar com os atrasados. A supervisora vem para anotar seu nome e fazer a devida observação. Quando a moça se vira, ela foge.

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