sábado, 14 de julho de 2007

Devaneio

Minha mão apertava o ferro que soltava cascas de verniz seco, e o odor de ferrugem impregnava minhas unhas. Portishead entoava em meus ouvidos, e parecia que eu estava em transe. Ela entrou e andava com sutileza. Deu um sorriso cordial ao que lhe cedeu o assento. Quando acomodou-se, seus cabelos suavemente tocaram meus dedos, e eu os senti, macios, leves, cheios de vida. Era madura e jovem, irradiava paixão.

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