sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

On Strike

Os roteiristas de Hollywood estão de greve. O WGA, sindicato de roteiristas dos Estados Unidos, ameaçava entrar de greve caso seu contrato com os estúdios de Hollywood e redes de TV não fosse renovado de acordo com as exigências feitas por seus membros. A principal reivindicação dos grevistas é a participação nos ganhos com a venda das séries de televisão em DVD e nas transmissões pela internet. A aliança propôs na semana passada um novo contrato que, pelos seus cálculos, entregaria aos roteiristas mais de US$ 130 milhões num prazo de três anos. Atualmente, os roteiristas recebem da indústria cerca de US$ 1,3 bilhão. No entanto, o sindicato dos roteiristas questionou o valor oferecido e afirmou que a soma total ficaria em US$ 32 milhões. Segundo especialistas, o problema é a incerteza sobre os verdadeiros números da indústria.

A questão é que a vinculação das produções em DVD ou na Internet até agora pode ser considerada nova. São áreas inicialmente exploradas, ainda não amadurecidas. Ao meu ver, o problema é a ganância humana. Eu respeito e honro demais os roteiristas, ciente de que grande parte da boa qualidade do que assistimos cabe a eles. Mas é no mínimo estranho ver um sindicato fazendo greve para ganhar milhões adicionais aos bilhões já conquistados. Essa greve põe em risco não só a execução de vários filmes já divulgados, mas também a continuidade normal de várias séries de TV como The Big Bang Theory, Rules of Engagement, Two and a Half Men, Til Death, Desperate Housewives, The New Adventures of Old Christine e The Office. Onde grande parte dos roteiristas é também ator da série em questão, ou faz parte das celebridades militantes que apoiam a causa. E também afeta a 'saúde' de vários talk-shows e até de programas jornalísticos. A greve já ultrapassou um mês de duração. Vamos ver até onde ela vai, até quanto os executivos dão e até quando os roteiristas exploram.